quarta-feira, 27 de julho de 2011

Uma vida completa em 3 anos

Faz tempo que não me inspiro a postar nada no blog, mas, quando li esta história, achei que tinha que registrá-la aqui. Uma porque é a representação real do último texto que publiquei . Ambas tem exatamente o mesmo enredo, embora  uma delas seja ficção. Outra porque acredito que casos como esses devem ser divulgados tanto quanto possível, para entendermos que é preciso viver ao máximo - eu sei que todo vive dizendo isso, mas  fazer é outra coisa -   e que a esperança é a última que morre ou que, enquanto há vida, há esperança- mesmo! Não estou dizendo que eu sou Poliana, talvez eu insista tanto nisso justamente porque não aproveito a vida como deveria e nem sempre consiga encarar tudo de maneira tão positiva. A vida pode  ter histórias alegres ou tristes. Mas, independente do sentimento que passam,  todas as que tocam a alma merecem ser  contadas.

PS: Importante dizer que escrevi o conto há alguns sete ou oito anos, ou seja, qualquer semelhança terá sido mera coincidência.



Foto: BBC 

Jovem conta que viveu intensamente os últimos 3 anos de vida. Ele apaixonou-se e casou.


Jovem com câncer diz que viveu "uma vida completa" em 3 anos

Ele faleceu três anos após o diagnóstico e dedicou-se a aproveitar ao máximo o tempo que tinha

Alex Lewis foi diagnosticado aos 17 anos com câncer nos ossos e passou por um tratamento intensivo contra a doença, sem sucesso. Ele faleceu pouco depois do seu aniversário de 22 anos. Durante os últimos três anos, ele experimentou o que muitas pessoas levam toda a vida para conseguir, inclusive conhecer e casar com o amor de sua vida. Em seu último ano, ele se apaixonou e casou-se com a namorada, que ficou ao seu lado até o fim.

A história de Alex foi tema do documentário "Alex: A Life Fast Forward" (Alex: Uma Vida Acelerada, em tradução livre), do canal de TV britânico BBC Three. O garoto foi diagnosticado depois de sentir dor no braço por meses. "Ele jogava muito tênis e futebol americano, por isso imaginou que havia distendido alguns músculos, mas a dor não desaparecia", disse o diretor do documentário, David Dugan, à BBC.

Quando finalmente recebeu o diagnóstico, o câncer já havia se espalhado para seus
pulmões. Ele passou por uma intensa quimioterapia e um dos ossos em seu braço foi substituído por uma prótese de metal. Mas apesar de cirurgias e radioterapia, os tumores continuaram a se espalhar. Segundo Dugan, quando começou a enfrentar a perspectiva de morrer, Alex jurou viver cada dia com o máximo de energia que pudesse. "(A doença) Faz você compreender como a vida é preciosa. A vida é maravilhosa, na verdade, mas para aproveitar cada minuto você precisa olhar para tudo de uma maneira positiva", disse Alex, no documentário.

Enquanto realizava as diferentes etapas do tratamento, ele decidiu fazer viagens de aventura. Entre elas, pular de pára-quedas na Nova Zelândia, andar de buggy nas dunas de Dubai e mergulhar após saltar de um penhasco na Cornualha.

'Beijo inesperado'

Em seu último ano de vida, durante uma festa em Swansea, no País de Gales, Alex conheceu Ali Strain, uma garota que
havia visto durante uma viagem para encontrar amigos na Austrália, e se apaixonou. "Foi um beijo inesperado e depois disso, tudo foi muito rápido. Eu pensei que esta era a garota com quem gostaria de passar o resto da minha vida", disse o garoto ao diretor.

O casal começou a namorar e Alex a pediu em casamento três meses depois. "O apoio mútuo e carinho que eles compartilhavam um com o outro era, ao mesmo tempo, alentador e triste de assistir", diz Dugan.
Eles ficaram noivos e Ali se mudou para a casa da família em Oxfordshire para ficar com Alex. "Apesar de estar piorando fisicamente, ele amava ter alguém com quem dividir sua vida, e descreveu o tempo que passou com Ali como um relacionamento de seis anos que foi acelerado e condensado em cerca de três meses", afirmou o diretor, que conviveu com o casal.
Dugan conta que, na época, o pai de Alex, Andy Lewis, disse que o relacionamento de seu filho "fez com que ele começasse uma vida nova. Ele anda com um sorriso no rosto quando não sente dor".
No entanto, já no outono de 2010, os tumores de Alex já se espalhavam por seus pulmões e ele tinha dificuldades para respirar. "Ele tomava tanta morfina para controlar as dores que era surpreendente que permanecesse acordado, mas estava determinado a continuar fazendo festas e vendo seus amigos todos os fins de semana", diz Dugan.

'Momentos felizes'
Com sua família, Alex chegou a comemorar três natais como se fossem seu último. Em janeiro de 2011, o casamento com Ali foi realizado apressadamente, mas depois da festa, sua saúde deteriorou-se rapidamente. No documentário, David Dugan registrou o apoio que o garoto recebia da namorada durante pior momento da doença.
"Ele estava sentindo tanta dor, então eu só dizia 'lembre-se de todos os momentos felizes...pense na noite em que ficamos juntos em Swansea e pense em todos os seus amigos maravilhosos'. E isso o ajudou muito", disse Ali ao diretor. "Ele queria que sua família e amigos soubessem como havia gostado de sua vida e que não pensassem sobre o destino que ele teve.
Alex também quis ressaltar a dificuldade de diagnosticar o câncer ósseo para que outros adolescentes não sofressem o mesmo que ele", afirmou Dugan. "Pouco antes de morrer, Alex Lewis fez questão de dizer a sua família como acreditava que a vida que teve havia sido completa, apesar de ter acabado antes do tempo."

Fonte: IG/BBC

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